RELATÓRIO
DA REUNIÃO DA COORDENAÇÃO NACIONAL DA CSP-CONLUTAS Central Sindical e Popular
Rio de Janeiro/RJ – 13,
14 E 15 DE JULHO DE 2012
ENTIDADES, OPOSIÇÕES
SINDICAIS E MOVIMENTOS SOCIAIS REPRESENTADOS:
A reunião
contou com 251 participantes, sendo 131 representantes com direito de voto e
120 observadores. Estavam representadas 50 entidades sindicais, entre
sindicatos e federações, 30 minorias de entidades e oposições sindicais, 05
movimentos populares, 02 movimentos de luta contra a opressão e 01 entidade
estudantil.
Relação
das Entidades sindicais, oposições sindicais, movimentos sociais e entidades
estudantis representados na reunião: ANDES/SN – Sindicato
Nacional dos Docentes do Ensino Superior; ADUFS-BA; ADUFCG; ADUF-RJ; ADUSB;
ADUNEB; ADUNESP; ADUFAP; APRUMA; Sindicato Nacional dos Servidores Federais da
Educação Básica, Profissional e Tecnológica; Federação Sindical e Democrática
dos Trabalhadores Metalúrgicos de Minas Gerais; Federação Nacional dos
Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência
Social;Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas; Sindicato
dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região-SP; Sindicato dos Comerciários
de Santa Cruz do Sul; Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu-RJ; Sindicato
dos Trabalhadores Metalúrgicos de Divinópolis e Região -MG; Sindicato dos
Trabalhadores Metalúrgicos de Itaúna–MG; Sindicato dos Trabalhadores
Metalúrgicos de Pirapora; Sindicato dos Metalúrgicos de São João Del Rei;
SINDIMETRO–DF; Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Belém-PA;
Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Fortaleza-CE; Sindicato dos
Trabalhadores na Indústria de Confecção Feminina de Fortaleza; Sindicato dos
Trabalhadores nas Indústrias Gráficas do DF; Sindicato dos Trabalhadores nas
Indústrias Urbanas no estado de Goiás; Sindicato dos Trabalhadores do Serviço
Público Federal do Rio Grande Do Norte; Minoria do Sindicato dos Profissionais
da Educação do Estado Rio de Janeiro; Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e
Previdência do Estado do Rio de Janeiro; Sindicato dos Trabalhadores em Saúde
do Rio Grande do Norte; Sindicato dos Servidores do Colégio Pedro II; Sindicato
dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Bayeux-PB; Sindicato dos
Servidores Públicos Municipais de Betim-MG; Sindicato dos Trabalhadores da
Universidade de São Paulo-SP; Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFRRJ;
Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo
Horizonte-MG; Sindicato dos Professores e Professoras de Guarulhos; Sindicato
dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde de BH e Região-MG; Sindicato dos
Trabalhadores do Judiciário e MPU do Maranhão; Sindicato dos Trabalhadores do
Judiciário e MPU de Alagoas; Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal
no Estado de São Paulo; Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal
de São Paulo; Oposição ASSIBAMA/RJ; Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias
Gráficas de Minas Gerais; Sindicato
dos Petroleiros de Sergipe e Alagoas; Sindicato dos Bancários e financiários de
Bauru e Região; Sindicato dos trabalhadores em Educação do Terceiro Grau
Público de Curitiba, região Metropolitana e Litoral do estado do Paraná;
Associação Democrática dos metalúrgicos aposentados e pensionistas de São José
dos Campos; Minoria do Sindicato dos Metroviários de São Paulo; Minoria do
Sindicato dos Trabalhadores Metroviários do Rio de Janeiro; Sindicato dos
trabalhadores em Correios de Pernambuco; Minoria Sindicato dos Trabalhadores em
Correios da Paraíba; Minoria do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria do
Petróleo do Estado do Rio de Janeiro; Minoria Sindicato dos Municipários de
Porto Alegre; Minoria do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Rio Grande
do Sul; Sindicato dos Profissionais da Educação da FAETEC-RJ; Oposição do
Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais/RJ; Sindicato
dos Empregados em Estabelecimentos Bancários do Rio Grande do Norte; Minoria do
Sindicato dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul-CPERS; Movimento dos
Trabalhadores Sem-Teto-MTST; Movimento Terra Trabalho e Liberdade (MTL);
Movimento Urbano dos Sem Teto (MUST); Luta Popular; Quilombo Urbano Maranhão;
ANEL – Assembléia Nacional dos Estudantes Livre; MML – Movimento Mulheres em
Luta; Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe; Comando de Base dos
Trabalhadores do Judiciário Estadual da Capital/SP; Sindicato dos Servidores
Públicos Municipais de Teresina; Oposição Sindicato dos Servidores Públicos
Municipais de Guarulhos; Minoria SINDJESP ABCDMR; Sindicato dos Trabalhadores
da Saúde de Contagem; Minoria do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e
Previdência no Estado de São Paulo; Movimento Nacional de Oposição Bancária –
SP, BH, RJ; Oposição Bancária de Porto Alegre e Região; Oposição dos Químicos
Unificados de Osasco; Oposição APEOESP; Oposição Servidores Municipais de Santo
André; Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da rede Oficial do
Recife; Oposição Metalúrgica de Niterói; Oposição Sindicato dos Trabalhadores
de Indústrias de Alimentação de São José dos Campos; Minoria Sindicato dos
Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de Minas Gerais; Oposição
Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina; Oposição ASSIBGE;
Oposição Sindicato dos Trabalhadores em Correios do Rio de Janeiro; Sindicato
dos Trabalhadores em Correios do Piauí; Sindicato dos Trabalhadores nos
Correios do Vale da Paraíba; Oposição Sindicato dos Trabalhadores em Correios
de Santa Catarina; Oposição Sindicato dos Trabalhadores em Correios e
Telégrafos de São Paulo.
PAUTA E RESOLUÇÕES
1.
Conjuntura política e econômica nacional e internacional
A abertura
dos debates foi feita pelos companheiros Dirceu Travesso, com um informe da
situação internacional, Atnágoras Lopes, com informe sobre a situação nacional,
seguidos de outros informes setoriais. Após o debate, foram votadas as
resoluções a seguir:
Resolução de
Conjuntura e Plano de ação
Considerando
que:
1- Como
anunciávamos em nossos debates e resoluções de nosso primeiro congresso, realizado
entre os dias 27 e 30 de abril, observa-se um aprofundamento da crise econômica
mundial e, consequentemente, revelam-se com mais força os seus efeitos em nosso
país com consequências já sentidas por nossa classe;
2- Há nesse
momento um processo de demissões na indústria automobilística (GM entre outras)
e também em algumas obras do MCMV. A esses fatos se somam a dureza do governo
em relação às lutas, greves e mobilizações do funcionalismo público;
3- Dilma,
além de manter sua política econômica a serviço do pagamento da dívida pública,
que compromete cerca de 50% do orçamento da união, continua isentando impostos
das grandes empresas e transferindo dinheiro público para elas, além de ter
aprofundado sua linha privatista, com, por exemplo, nos casos dos correios,
aeroportos, petróleo e agora na área da saúde;
4- Seguem
ocorrendo importantes lutas que resistem a este cenário e que enfrentam-se com
o governo e com os patrões. Destaca-se agora a forte greve do funcionalismo
público federal, especialmente na área da educação, onde docentes, técnicos
administrativos e estudantes estão em greve a mais de um mês enquanto outros
setores, como saúde, transporte e construção civil, movimentos de luta por moradia
também desenvolvem muita luta e resistência em defesa de seus direitos e tem
enfrentado um brutal aumento da criminalização de suas lutas;
5- Além
das ações e mobilizações citadas frente à essa conjuntura teremos agora a
entrada em cena de categorias fundamentais como correios, petroleiros,
bancários e metalúrgicos com suas campanhas salariais nesse segundo semestre, e
diante de um cenário de aceleração dos elementos da crise no Brasil, tema já
incorporado ao discurso do governo e das empresas, com uma projeção de um
crescimento econômico de apenas 2% para este ano;
6- Contraditoriamente
o governo ainda mantém um alto índice de popularidade e apóia-se também nesse
elemento para seguir desenvolvendo outros inúmeros ataques a classe
trabalhadora brasileira como é caso, novamente, da anunciada Reforma da
Previdência (fator 85/95 e aumento da idade mínima), trabalhista (Contrato
Coletivo Especial), código florestal, entre outras medidas;
7- Diante
de todos esses elementos o papel das direções governistas (CUT, UNE, CTB, FS
etc.) segue sendo um fator decisivo para implementação dessas políticas e
ataques aos nossos direitos, bem como um enorme desafio à ser encarado e
superados por nossas iniciativas e lutas políticas;
8- Em
meio a essa conjuntura ainda teremos a realização das eleições municipais em
nosso país;
A
Coordenação Nacional da CSP-Conlutas resolve:
a- Fortalecer a marcha nacional dos servidores públicos federal, programado para o próximo dia 18 em Brasília;
b- Intensificar
o chamado à unidade de ação e exigir que as outras organizações rompam com o
governo e venham se somar a defesa dos trabalhadores, denunciando-os frente a
suas capitulações e traições aos trabalhadores;
c- Exigir
que Dilma negocie e atenda as reivindicações do movimento e pare de dar
dinheiro público às empresas e bancos nacionais e internacionais;
d- Realizar
uma campanha contra a onda de demissões que ora se desenvolve no setor
automobilístico, começando pela GM;
e- Fortalecer
as iniciativas de unidade de ação em todos os estados e buscar unificar as
categorias em luta nesse momento, bem como as campanhas salariais que correram
nesse segundo semestre e ainda buscar construir a uma ação comum e de caráter
nacional;
f- Apoiar e se
incorporar nas ações contra a reforma da previdência, pelo fim do fator, nenhum
redutor e contra a idade mínima;
g- Lutar
contra a reforma trabalhista, agora apresentada na forma “contrato coletivo de
trabalho”;
h- Tomar
iniciativas que mantenham e potencializem nossa luta contra a criminalização
dos movimentos sociais e da pobreza;
Resolução sobre o Acordo
Coletivo Especial
Considerando:
Que o
Sindicato dos Metalúrgicos do ABC encaminhou ao governo e ao Congresso Nacional
um Anteprojeto de Lei que modifica a CLT e cria o Acordo Coletivo Especial,
cujo conteúdo essencial é fazer prevalecer o negociado sobre o legislado nas
relações de trabalho;
Que este
projeto, além da CUT, tem o apoio de todo o empresariado, pois é a porta de
entrada para toda uma nova onda de flexibilização e eliminação de direitos dos
trabalhadores e que, portanto, há a possibilidade de que tramite com rapidez no
Congresso Nacional;
Que ainda
prevalece, em nossas bases e entre os trabalhadores em geral, um amplo
desconhecimento do assunto, dificultando qualquer processo de mobilização que
possa impedir a aprovação deste Anteprojeto;
A
Coordenação Nacional da CSP-Conlutas aprova:
1 –
Rechaçar veementemente este anteprojeto, por se tratar de mais uma tentativa de
criar condições para flexibilizar ainda mais os direitos da nossa classe, ainda
que venha agora travestida de defesa da organização de base e apresentada por
um sindicato de trabalhadores;
2 –
Orientar todas as entidades e movimentos ligados à Central a levarem esta
discussão para suas bases, massificando a compreensão sobre a ameaça que paira
sobre nossas cabeças e criando massa critica para um processo de mobilização
que impeça a aprovação desta lei. Uma primeira contribuição para esta discussão
é o texto distribuído nesta reunião, elaborado pelo companheiro Zé Maria, que
analisa o conteúdo do Anteprojeto;
3 –
Orientar a SEN a adotar iniciativas, buscando inclusive a unidade com outros
setores além da nossa própria Central, visando dar conta da massificação desta
discussão entre os trabalhadores e construindo processos de mobilização e ações
concretas contra a aprovação desta lei.
Resolução Pelo fim do
fator previdenciário. Nenhum redutor nas aposentadorias! Não à idade mínima
O fator
previdenciário foi criado pelo governo FHC para retardar a aposentadoria dos
trabalhadores do setor privado. Com aplicação do fator há a redução de até 50%
no valor do beneficio dependendo da idade, expectativa de vida e tempo de
contribuição do trabalhador. Há anos, o movimento sindical vem lutando para
acabar com esta vergonhosa política.
Desde a
implantação do fator previdenciário, o governo economizou cerca de R$ 21
bilhões, dinheiro roubado dos trabalhadores. Seu fim chegou a ser aprovado na
Câmara Federal e no Senado, mas foi vetado pelo então presidente Lula.
Desde então, o governo tem negociado com algumas centrais para substituir este
fator por um novo redutor das aposentadorias, o chamado 85-95.
Por esta regra,
para requerer-se a aposentadoria é necessário somar o tempo de contribuição com
a idade, essa soma deveria totalizar 95 para homens e 85 para mulheres. Por
exemplo, um homem necessitaria ter 60 anos para aposentar-se com 35 anos de
contribuição. Esta proposta não serve aos trabalhadores, pois aumenta o tempo
de serviço necessário para requerer a aposentadoria. É mais um ataque aos
nossos direitos.
A
CSP-Conlutas defende o fim deste famigerado fator previdenciário, sem a
necessidade de um novo redutor das aposentadorias como o 85-95.
Nesta
semana, o governo Dilma está apresentando a proposta de substituir o fator
previdenciário pelo 85-95 e, o que é pior, acabar com a aposentadoria por
contribuição e instituir a idade mínima de 65 anos para homens e 60 anos para
as mulheres – para os novos trabalhadores que ingressarem no mercado de
trabalho.
Isto é uma
violência contra a juventude e as novas gerações de trabalhadores. Um jovem que
começar a trabalhar aos 16 anos, levaria mais 49 anos para conseguir a
aposentadoria. Querem acabar com um direito histórico conquistado com muita
luta: o direito à aposentadoria e à previdência pública.
A CSP-Conlutas é
veementemente contra esta proposta que está sendo negociada no Congresso com o
governo, juntamente com algumas centrais sindicais, e que estão anunciando para
votação nos próximos dias.
A CSP-Conlutas
denuncia esta medida como um retrocesso e um ataque e aos direitos dos
trabalhadores (as). Assim, conclama todos seus sindicatos, organizações e
movimentos a realizarem este debate nas suas bases e a chamar a mobilização
contra esta medida.
Somente a
mobilização dos trabalhadores (as), dos aposentados (as) e da juventude pode
impedir o fim da aposentadoria.
- Pelo fim
do fator previdenciário! Não ao 85-95! Nenhum redutor nas aposentadorias!
- Pela
recomposição do valor dos benefícios pagos aos aposentados!
Resolução sobre Campanha
Contra as demissões na General Motors do Brasil
Considerando:
A General
Motors é a maior montadora de automóveis do mundo.
Entrou em
concordata em 2008 e só sobreviveu com uma “estatização” feita pelo governo
Obama. A partir daí iniciou um processo de ataques aos operários em todo o
mundo. Nos Estados Unidos demitiu 40 mil metalúrgicos e fechou 18 fábricas
retirando direitos e cortando pela metade os salários dos novos contratados.
Esse
processo também esta sendo implantado em todo o mundo particularmente na Europa
e no Brasil.
No Brasil
só no Estado de São Paulo nas plantas de São José dos Campos e São Caetano do
Sul a empresa já demitiu em 15 meses mais de dois mil operários. Desses 1400 só
em São José.
No ano
passado foram produzidos 197 mil carros em São José dos Campos totalizando um
faturamento de R$ 8,5 bilhões, representando 35% do faturamento e lucro da
empresa no país.
Que a
empresa recentemente fechou o segundo turno no MVA (Montagem de Veículos
automotivos), onde são produzidos os modelos Classic, Corsa, Meriva e Zafira e
agora quer fechar o primeiro turno onde trabalham 1.500 operários.
Que por
trás desse processo há uma política de se reestruturar cortando salários,
direitos, implantar banco de horas etc, para aumentar ainda mais seu lucro.
Essas
demissões vêm sendo feitas mesmo a empresa tendo seu plano de expansão sendo
financiando pelo BNDES e isenção de imposto-IPI concedidos pelo governo do
PT-Dilma.
O processo
de demissões também vem sendo feitas em outras montadoras como: Volks, Mercedes,
Volvo etc.
As
demissões na planta de SãoJosé significam cerca de 4.000 demissões na cadeia
produtiva com grande impacto na região.
Em São José
há um processo de reação dos metalúrgicos. Já foram realizadas uma passeata com
2.500 trabalhadores e duas paralisações de 2 horas em que na última paralisação
foi votado o “Estado de greve” em repudio a intenção da empresa em fazer as
demissões coletivas.
O Sindicato
dos Metalúrgicos junto com outros sindicatos e movimentos sociais da região do
Vale do Paraíba lançou a campanha “SOS empregos”, com carta a população,
propagandas em rádio e TV e debate com as demais categorias de trabalhadores da
região.
Diante
destes ataques a reunião da Coordenação Nacional da CSP Conlutas resolve:
Iniciar a
partir da reunião nacional da CSP Conlutas uma grande campanha contra as
demissões pela manutenção dos postos de trabalho;
1. Que na Marcha a Brasília esta luta também
esteja presente como bandeira de exigência ao governo Dilma para que intervenha
contra as demissões;
2. Apoio e
solidariedade das entidades que compõem a Central levando para as regiões este
debate e que também, enviem moções de repúdio às demissões que serão enviadas
por e-mail para as entidades;
3. Participação
ampla das entidades no ato unificado no pátio da General Motors, no dia 24 de
julho na luta contra as 1.500 demissões pela manutenção dos postos de trabalho;
4.Construir unidade
de ação com outras Centrais e entidades rumo a construção de um polo de
resistência nacional contra as demissões das montadoras no país.
Resolução sobre
Criminalização
Considerando:
Que estamos
frente a um recrudescimento do processo de criminalização das lutas,
organizações dos trabalhadores e da violência contra os pobres que se manifesta
em várias situações: assassinatos de dezenas de jovens pobres e negros pela
polícia na periferia de São Paulo; violenta repressão às greves dos operários
da construção civil (há operários presos até hoje em Rondônia, devido à greve
que ocorreu na obra do Jirau, em abril passado); a violência presente no
episódio da desocupação do Pinheirinho; ameaças de morte a dirigentes e
ativistas de movimentos populares da cidade e do campo;
Que a nossa
Central já vem desenvolvendo há algum tempo, uma campanha contra a
criminalização das lutas e dos movimentos sociais;
A
Coordenação Nacional da CSP-Conlutas decide:
1 –
Intensificar a campanha contra a criminalização das lutas, organizações dos
trabalhadores e da pobreza, buscando para isso a unidade com todos os setores
comprometidos com essa causa;
2- Que a
CSP-Conlutas fortaleça a campanha contra a criminalização dos movimentos
sociais e dos lutadores, reproduzindo pelo menos nas capitais atos públicos a
exemplo do ato promovido pelo Sindicato dos Metroviários e outras entidades na
Faculdade de Direito em São Paulo;
3– Orientar
a SEN a desenvolver todas as iniciativas possíveis no sentido de dar corpo a
esta luta.
Resolução
sobre as eleições
A Central
não pode ficar alheia a um momento de debate político e de alternativas para a
sociedade como o das eleições municipais. Respeitando a autonomia das
organizações e movimentos filiados, a Central deve intervir junto aos trabalhadores
de suas bases e apresentar a sua plataforma de reivindicações.
Assim a
Coordenação Nacional, com base na resolução de seu Congresso deve indicar aos
trabalhadores e aos movimentos sociais a rejeição veemente dos candidatos da
oposição burguesa (PSDB e seu bloco) e da base aliada do governo Dilma (PT/PMDB
e aliados) e reafirmar a compreensão de que a única saída para que nossa classe
seja vitoriosa é a conquista de uma nova sociedade, justa e igualitária,
governada pelos trabalhadores, uma sociedade socialista.
A partir de
nossas lutas objetivas vamos também levantar as nossas exigências e o nosso
programa apresentando-o às candidaturas de nossa classe que expressam um
posicionamento de oposição de esquerda ao governo exigindo que os incorporem
durante o processo das eleições municipais.
2. Prestação
de contas do primeiro semestre/2012 (Conselho Fiscal)
A prestação
de contas foi aprovada por unanimidade.
APRECIAÇÃO
DA PRESTAÇÃO DE CONTAS – 1º SEMESTRE DE 2012
Durante os dias
11 e 12 de julho de 2012, na cidade de São Paulo, ocorreu a reunião do Conselho
Fiscal, sendo que a reunião foi concluída no dia 13 na Cidade do
Rio de Janeiro, no local onde se realizou a reunião da Coordenação Nacional da
Central, com a finalidade de apreciar a prestação de contas do 1° semestre de
2012. A reunião contou com as presenças dos seguintes membros:
Herbert Claros da Silva, Zé Batista, Josevaldo Cunha e Marcos
Azeredo. A Comissão de Finanças da Secretaria Executiva Nacional (SEN) da
Central enviou documentos referentes à movimentação financeira da prestação de
contas em questão (anexos 1, 2 e 3). Em acréscimo a essa documentação, o
Conselho Fiscal solicitou à Comissão de Finanças cópias das resoluções sobre
finanças discutidas e deliberadas nas reuniões da Coordenação Nacional e da
SEN, no período respectivo. Após leitura, manuseio e conferência da
documentação o Conselho Fiscal verificou que as principais atividades
realizadas, além do I Congresso, no 1º semestre de 2012 foram:
1 ) Apoio à Greve
dos Operários de Belo Monte;
2 ) Campanha de
Solidariedade ao Pinheirinho;
3 )
Acompanhamento da Eleição do Sindicato da Construção Civil em Belém;.
4)
Acompanhamento da Campanha Salarial e da Greve dos
Servidores Públicos Federais (SPF);
5 ) Cúpula dos
Povos na Rio + 20.
6) Greve dos
Trabalhadores Construção Civil de Fortaleza-CE.
A movimentação
financeira da Central no período referente a esta prestação de contas (anexos 1
e 2) está discriminada da seguinte forma:
1) Saldo
em 01.01.2012, no valor de R$ 3.365,17; e 2) A receita total (total de entradas
no 1º semestre-2012) no valor de R$ 3.222.679,41 Obs.: sendo que R$
1.159.792,95 foram receitas do 1° Congresso (Anexo 3); 3) A despesa total
(total de saídas), no valor de R$ 3.180.510,04 – sendo que R$ 1.178.585,99
foram referentes ao 1° Congresso. Dessa movimentação referida resultou, em
30.06.2012 (anexos 1 e 2), um saldo de R$ 45.534,54. Assim sendo,
destacamos que do montante referente à receita do caixa nacional. (R$ 445.783,43),
valor correspondente a 40% das contribuições efetuadas pelas entidades e
movimentos filiados à Central foram quitadas as seguintes despesas, assim
representadas: a) despesas com pessoal no valor de R$ 208.980,63 (46,88%); b)
despesas correntes – aluguel, condomínio, IPTU,
luz e telefone no valor de R$ 51.214,09 (11,49%); c) despesas
administrativas – atos e reuniões, passagens e hospedagens, manutenção e
funcionamento da sede nacional – no valor de R$ 161.146,54 (36,15%); d)
funcionamento do escritório de Brasília, no valor de R$ 22.777,69 (5,11%).
Nota-se que as receitas e despesas ficaram equilibradas. Isto ocorreu devido
que durante o 1º Congresso houve um aumento da arrecadação, pois as entidades
que estavam com dívidas pendentes quitaram estas para participar do Congresso,
conforme resolução aprovada em reunião da Coordenação Nacional. Outro fator que
influenciou esse equilíbrio foi a crescente entrada de oposições e minorias,
estas pagaram uma semestralidade para poder participar com poder de voto
durante o Congresso. Além disso, foi aprovado no 1º Congresso uma resolução que
aprovou um aumento de 3% para 5% para nossa Central sobre o valor da receita
das entidades.
2) Diante
do exposto, o Conselho Fiscal é de parecer
favorável à
aprovação da prestação de contas da Central Sindical e Popular – CSP Conlutas,
relativa ao 1º semestre de 2012.
Salvo
melhor juízo da Coordenação Nacional da Central.
RECOMEDAÇÃO
DO CONSELHO FISCAL
O Conselho
Fiscal, ao observar que as receitas e despesas ficaram equilibradas – e que
isto ocorreu devido ao aumento da arrecadação, referente a algumas
entidades, oposições e minorias -, e atualização de dívidas, orienta as
todas entidades e movimentos a manterem mensalidades em dia com a tesouraria
da entidade para garantirmos uma movimentação financeira equilibrada.
2. Congresso da CSP-Conlutas apresentação de
balanço financeiro e outros
Segue
anexado o balanço financeiro apresentado pela Comissão organizadora do
Congresso.
Após o debate
foram aprovadas as seguintes resoluções:
Resolução
sobre o fundo dos movimentos populares
Considerando
que:
- A unidade
dos movimentos sindical e popular, dos movimentos classistas de luta contra as
opressões e da juventude aliada à classe trabalhadora na CSP Conlutas tem
significado uma nova e importante experiência de organização dos trabalhadores
em nosso país;
- Fazemos
um balanço positivo desta experiência pela importância estratégica que a união
desses movimentos possui e, com essa compreensão, a Central tem buscado avançar
nas políticas de apoio e integração dos movimentos populares urbanos e rurais;
- Há uma
polarização crescente das lutas populares em nosso país, tanto no campo quanto
na cidade, como se expressou na resistência do Pinheirinho, em diversas outras
ocupações urbanas, na luta quilombola, em assassinatos e atentados no campo,
como o que vitimou as lideranças do MLST, e ainda em novas ocupações urbanas e
rurais;
- Temos
companheiros e companheiras de movimentos filiados á nossa Central ameaçados em
sua integridade; alguns já sofreram atentados, outros estão condenados ou
sofrem ameaças de condenação judicial por sua luta;
- No
próximo período essa polarização tende a crescer, tanto no campo com o avanço
do agronegócio, das grandes obras de infraestrutura e da concentração
fundiária, quanto nas cidades, com a luta por moradia, e o enfrentamento às
remoções e despejos que as obras da Copa e Olimpíadas têm proporcionado;
- Esse
cenário coloca grandes desafios e obrigações para nossa Central e impõe a
necessidade de fortalecermos nosso trabalho nos movimentos populares;
- A Central tem
sido um ponto de apoio político e material do setor do movimento popular
organizado na Resistência Urbana – Frente Nacional de Movimentos e iniciou o
processo de organização do setor do movimento popular do campo;
- Nosso recente
Congresso teve a presença de importantes e novos movimentos populares urbanos
de várias regiões do país;
- Ainda são
necessários muitos avanços para a incorporação cada vez maior dos movimentos
populares em nossa Central, tanto dos que já são filiados, quanto os que ainda
podem se aproximar através da luta;
- Isso
implica em avançar nas pautas e iniciativas políticas assumidas pela Central,
no formato das atividades, na construção da unidade e integração das lutas do
movimento popular e dos sindicatos;
- No que
toca ao apoio financeiro aos movimentos populares, a Coordenação da Central
constituiu um fundo composto por contribuições voluntárias e extra-mensalidades
dos sindicatos, que movimentou uma cifra importante de recursos, conforme
prestação de contas feita nesta reunião;
-
Consideramos este esforço por parte das entidades sindicais bastante
importante, dadas as dificuldades estruturais de arrecadação e manutenção das
lutas dos movimentos populares somente com recursos próprios;
-
Reafirmamos a compreensão de que o apoio financeiro dos sindicatos não pode nem
deve substituir as iniciativas próprias e de autossustentação, como forma de
preservar a autonomia das organizações populares;
- Podemos e
devemos avançar ainda mais numa integração solidária de todas as organizações e
de todos os setores que compõem a Central;
- O
Congresso decidiu tornar permanente o fundo de apoio aos Movimentos Populares,
autorizando o repasse de recursos regulares da Central; determinou à
Coordenação Nacional a tarefa de regulamentação, definindo o volume de recursos
e a forma de aplicação e indicou ainda que a proposta de regulamentação fosse
construída pelos movimentos populares com apoio da SEN da Central.
A
Coordenação Nacional da CSP Conlutas resolve:
-
Determinar a continuidade do repasse atual mensal de R$ 14.000,00 para os
movimentos populares filiados à Central, agora como parte das finanças
regulares e ordinárias nacionais da Central, nos termos atuais, conforme a
prestação de contas apresentada;
- Orientar
às seções estaduais e regionais da Central, que já tenham condições
financeiras, que adotem políticas no mesmo sentido, estabelecendo um valor
regular de contribuição aos movimentos populares;
- Que essas
definições, quando tomadas, sejam comunicadas à SEN da Central;
- Que, na
medida em que a arrecadação regular da Central progrida, tendo em vista a
resolução congressual de aumento do repasse das entidades sindicais e a
filiação de novas entidades, que os valores sejam revistos, buscando incorporar
e ajudar a todos os movimentos filiados à Central, em particular aqueles que
hoje não recebem ajuda regular;
- Que seja
constituído o Setorial dos Movimentos Populares, sob a coordenação dos membros
eleitos para a SEN e com a participação de todas as organizações populares
filiadas;
- Que a
definição das políticas de apoio será sempre tomada com a participação do
Setorial e da Comissão de Finanças da Central;
- Indicar à
SEN que um dos membros da Comissão de Finanças seja representante dos
movimentos populares filiados e do Setorial.
Resolução sobre
Reorganização
Considerando:
Que o
processo de consolidação da nossa Central, da sua construção e fortalecimento
em todos os segmentos da classe trabalhadora e da juventude em nosso país, não
implica em desconhecer o processo de reorganização que segue se desenvolvendo
no país;
Que este
processo se manifesta seja nas relações com setores que estiveram conosco no
Congresso de Santos, em 2010 mas também nos deslocamentos e relocalizações
políticas de outros setores que atuam no movimento sindical, popular e da
juventude, notadamente na base das organizações majoritária no movimento
sindical, como a CUT.
A Coordenação
Nacional da CSP-Conlutas resolve:
1 –
Valoriza fortemente o processo que vem sendo construído conjuntamente pela
direção da nossa central e dirigentes de varias entidades que estiveram conosco
no Congresso de Santos, no sentido da integração de todas estas entidades a
construção da CSP-Conlutas,
2 – Decide
que nossa Central seguirá intervindo ativamente neste processo de
reorganização, buscando aproximar e integrar em sua construção, todos os
setores que apresentarem disposição de construir este projeto conosco, buscando
trazê-las para a conformação de uma central unitária.
3 –
Valorizar, neste sentido, os esforços para construir a luta em conjunto, a
unidade de ação e as discussões políticas que possam ser desenvolvidas com
estes setores, bem como com os setores que se deslocam na base das organizações
sindicais majoritárias como a CUT.
Resolução
sobre tarefas delegadas pelo Congresso da CSP Conlutas à primeira Coordenação
Nacional após o Congresso (acessibilidade e formação)
A Coordenação
Nacional da CSP-Conlutas, reunida no Rio de Janeiro/RJ, nos dias 13, 14 e 15 de
julho de 2011, conforme encaminhamentos adotados no I Congresso da Central
resolve:
Constituir
uma comissão para tratar dos temas relativos à acessibilidade dos portadores de
necessidades especiais nos eventos da Central e demais atividades do movimento.
1. A Comissão será coordenada pela companheira
Marinalva Oliveira, da Secretaria Esecutiva Nacional da Central.
2. Os companheiros e companheiras que vierem a
se integrar a essa Comissão deverão discutir em suas entidades e nas
Secretarias Regionais da Central o custeio de suas despesas para participação
presencial, quando necessária.
3. Delegar à Secretaria Executiva Nacional
eleita nesta Coordenação a tarefa de elaborar resolução sobre a formação
política na Central, incluindo a proposta apresentada por alguns delegados no
Congresso, que sugere a criação de um instituto/centro de formação.
Foi ainda
informada a constituição da comissão que irá analizar e propor resoluções acerca
dos fatos ocorridos no Congresso envolvendo temas morais, composta por
representação do SINASEFE, Andes, Sindsef-SP e Sintect-RS.
Eleição
da Secretaria Executiva Nacional e do Conselho Fiscal
Nos termos
do Estatuto foi eleita a SEN pelo criterio da proporcionalidade dos votos
obtidos pelas duas chapas que se apresentaram. O Conselho Fiscal foi eleito por
voto nominal. Destaca-se que o terceiro e quarto mais votados tiveram a mesma
votação, configurando empate neste resultado. A SEN é composta por 27 membros e
8 suplentes. Três vagas ficaram reservadas para indicação posterior do MTST,
conforme deliberação da Coordenação. O Conselho fiscal por 3 efetivos e 3
suplentes.
Secretaria
Executiva Nacional da CSP- CONLUTAS eleita:
1.
Atnágoras
Teixeira Lopes – STI CC Belém/PA
2.
Beatriz de
Oliveira Paiva – Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Norte
3.
Camila Ribeiro
Duarte Lisboa – Movimento Mulheres em Luta
4.
Clara Saraiva/
Tamires Rizzo – Assembleia Nacional de Estudantes Livre – ANEL
5.
Dirceu Travesso/
Wilson Ribeiro – MNOB/SP
6.
Eliana Lacerda –
Federação Nacional dos Gráficos
7.
Gilberto Antônio
Gomes – Federação Sindical Democrática dos Metalúrgicos/MG
8.
Joaninha Oliveira
– SINTE/SC
9.
João Batista da
Fonseca – Movimento Terra Trabalho e Liberdade
10. José Batista Neto – Sindicato dos
Trabalhadores da Construção Civil de Fortaleza/CE
11. Júlio César Condaque – Movimento Nacional
Quilombo Raça e Classe
12. Luiz Carlos Prates – Sindicato dos
Metalúrgicos de São José dos Campos e Região/SP
13. Magno de Carvalho Costa – SINTUSP
14. Manoel Crispim Clemente Flores/ Júlio César
Tavares – SINDSPREV/RJ
15. Maria da Conceição de Oliveira Silva –
Sind-Rede/BH
16. Marinalva Silva Oliveira – ANDES-SN
17. Mauro Ailton Puerro – Sindicato dos
Professores e Professoras de Guarulhos
18. Miguel Leme – Oposição Alternativa Apeoesp/SP
19. Neida Porfírio Oliveira/ Terezinha Bullé da
Silva – CPERS/RS
20. Paulo Arletes Rios Barela – Oposição Assibge
21. Paulo Marcos Borges Rizzo – ANDES-SN
22. Saulo Costa Arcangelli – SINTRAJUFE/MA
23. Sebastião Carlos Pereira Filho – MNOB/BH
24. Valdir Martins de Souza – Movimento Urbano
dos Sem Teto/MUST
25. Vânia Carvalho Pinheiro – SINDEESS/BH
26. William do Nascimento Carvalho/David Moreno
Montenegro – SINASEFE
27. Yuri Monteiro Aguiar – SINTECT/RS
28. Altino de Melo Prazeres – Sindicato dos
Metroviários de São Paulo
29. José Maria de Almeida – Federação Sindical e
Democrática dos Metalúrgicos/MG
30. Mário Sérgio/ Gualberto Tinoco – SEPE/RJ
31. Vera Guasso – SINDPPD/RS
32. Cláudio Santana – Oposição Alternativa
Apeoesp
33. Vaga reservada para o MTST
34. Vaga reservada para o MTST
35. Vaga reservada para o MTST
1. Marcos Tinoco – Sindicato dos Bancários do
Rio Grande do Norte
2. Maria de Santana Costa – Sindicato dos Trab.
nas Industrias de Confecção Feminina de Fortaleza
3. Josevaldo Pessoa da Cunha – ANDES-SN
4. Marcos Roberto Ferreira de Azevedo –
Sindicato dos Comerciários de Santa Cruz do Sul/RS
5. Herbert Claros – Sindicato dos Metalúrgicos
de São José dos Campos e Região/SP
6. Telmo de Oliveira – Sindicato dos
Comerciários de Nova Iguaçu/RS
3. Outras
Resoluções
MTST
A
Coordenação Nacional da CSP Conlutas, reunida no Rio de Janeiro, recebeu com
surpresa, na manhã deste sábado, 14 de julho, um comunicado da Direção Nacional
do MTST de afastamento deste movimento da Central.
Infelizmente,
logo após a leitura do comunicado, os companheiros se retiraram do plenário,
impossibilitando um debate sobre as questões levantadas na carta da direção do
movimento.
Lamentamos
profundamente a decisão tomada pela direção do MTST e, no sentido de buscar a
reabertura do diálogo entre a nossa Central e o movimento, constituímos uma
comissão integrada por membros da SEN que procurará os companheiros, se
dispondo a reunir, no prazo o mais breve possível, para discutir as questões.
As
resoluções construídas conjuntamente com os companheiros para essa reunião da
Coordenação Nacional serão mantidas na íntegra, notadamente a resolução sobre o
fundo dos movimentos populares e a manutenção de três membros do MTST na
Secretaria Executiva Nacional da Central, conforme acordo feito com a direção
do movimento e homologado pela Secretaria Executiva Nacional da Central.
Resolução sobre
UIT/CST-Unidos
O agrupamento
político-sindical CST-Unidos está desenvolvendo uma campanha internacional com
duros ataques à CSP-Conlutas.
Às vésperas
do nosso Congresso esse agrupamento, em meio à disputa eleitoral do Sindicato
dos Químicos de São José dos Campos/SP lançou uma série de denúncias contra a
CHAPA 2, que disputava aquela eleição e reivindicava a CSP-Conlutas.
As denúncias da
CST-Unidos inviabilizaram a construção unitária de uma atividade no 1.º de maio
em São Paulo, que vinha sendo discutida com outros setores há várias reuniões,
na medida em que um setor da Intersindical (Sindicato dos Químicos de Osasco)
tomou essas denúncias como verdadeiras e não se dispôs a realizar a atividade que
vinha sendo discutida (encerramento conjunto das duas passeatas – Sé e Paulista
– na Praça da República).
Conforme vídeo
postado no YouTube e reunião com companheiros da Pastoral
Operária, a tônica dada pela CST-Unidos no ato do 1.º de maio da Sé foi de
denúncia da CSP-Conlutas, o que obrigou a uma diferenciação pública do
representante da Pastoral Operária contra as posições do dirigente da
CST-Unidos no ato.
Passada a
eleição, essa campanha segue, com repercussão em outros países, como a
Argentina e Venezuela.
Não é a primeira
vez que a CST-Unidos se vale de uma campanha de denúncias morais para atacar
dirigentes e/ou entidades classistas, do campo da luta dos trabalhadores em
nosso país. Quando ainda participavam na antiga Conlutas desenvolveram uma
campanha contra dirigentes do Sindicato dos Comerciários da Baixada
Fluminense/RJ, o que motivou a criação de uma comissão ampla da Central, que
apurou os fatos e concluiu que as denúncias não se confirmavam na realidade, ou
seja, se tratavam de calúnias da CST-Unidos contra um setor da diretoria do
Sindicato.
Agora, mais
recentemente, estão fazendo uma campanha caluniosa contra o companheiro
Joaquim, ativista histórico do Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação de
São José dos Campos, acuando o companheiro de ter negociado seu mandato na CIPA
– Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – com a AMBEV. Uma farsa, pois o
companheiro Joaquim foi demitido pela empresa, a direção do Sindicato
hegemonizada pela Unidos não moveu um dedo em sua defesa e judicialmente foi
fechado um acordo que preservou o companheiro da perda dos seus direitos e do
emprego, acordo esse acompanhado pelo Departamento Jurídico do Sindicato e
homologado em assembleias dos trabalhadores da AMBEV.
Fica bastante
claro que a CST/Unidos elegeu como parte de sua política os ataques morais à
nossa Central e nossos dirigentes. A situação atual exige um posicionamento da
Coordenação Nacional da Central.
Vamos aos fatos:
A CST-Unidos
acusa a CSP-Conlutas de ter formado uma chapa de oposição (Chapa 2) no
Sindicato dos Químicos de São José dos Campos/SP com o apoio da empresa Johnson
& Johnson e que teríamos pedido a demissão de cinco trabalhadores desta
multinacional, em conluio com a direção da empresa.
O processo de
formação das chapas em São José se deu a partir de uma divisão da direção do
sindicato e da “Unidos para Lutar”. As duas chapas estavam formadas,
majoritariamente, por militantes do PSOL (partido no qual atua também a
CST/Unidos).
Ocorreu uma luta
antiburocrática no Sindicato, dirigido há muitos anos pela CST, que organizou a
“Unidos” a partir da ruptura com a CSP-Conlutas em 2010.
Vários
dirigentes do Sindicato começaram a questionar a maioria da diretoria por seu
comportamento burocrático e isso deu origem às duas chapas.
A CSP-Conlutas do
Vale do Paraíba/SP foi procurada pelo grupo dissidente. Após analisar a
situação, ofereceu seu apoio a eles. No entanto, diante da ofensiva patronal,
que tinha conseguido na Justiça a redução dos dirigentes do Sindicato com
estabilidade, a Central propôs que a Oposição tentasse um acordo com a
CST-Unidos e formasse uma chapa unitária, eleita em uma convenção de base ou em
uma eleição prévia nas fábricas.
A CST/Unidos não
respondeu a essa proposta e inscreveu sua chapa rapidamente. Segundo os
companheiros da Chapa 2, a
CST-Unidos se valeu de uma assembleia, com churrasco e cerveja, onde foi votada
a antecipação das eleições e em dois dias inscreveu sua chapa, deixando de fora
todos que tinham feito críticas (entre eles, os 15 membros da direção do
sindicato).
A partir daí a
Oposição não teve alternativa a não ser registrar a Chapa 2, que aderiu à
CSP-Conlutas.
Durante a
campanha eleitoral a CST-Unidos trocou o tesoureiro do Sindicato, ligado à
Chapa 2, e colocou no lugar um militante da CST, sem discussão na diretoria,
apresentando uma ata de uma assembleia que não existiu, segundo os membros da
Chapa 2.
A Chapa 2 exigiu
uma assembleia para discutir o problema, mas a CST-Unidos-Chapa 1 se negou a
convoca-la.
Nesse meio tempo estava
em curso uma luta judicial contra a Johnson, pela estabilidade dos dirigentes
do Sindicato. A patronal entrou na Justiça pedindo que só 14 diretores tivessem
estabilidade no emprego, para uma diretoria de 41 trabalhadores/as e conseguiu
uma decisão que acatou esse pedido. Em seguida a patronal demitiu cinco
diretores.
O Departamento
Jurídico do Sindicato perdeu o prazo para pagamento das custas processuais e
assim foi mantida a demissão dos cinco diretores do Sindicato que não estavam
numa lista de 14 com estabilidade que própria Justiça havia confeccionado.
Para tentar
reverter as demissões, o Sindicato colocou na lista dos 14 nomes os cinco
demitidos, coisa que a Justiça aceitou. Desse modo, os cinco sindicalistas
foram readmitidos, mas a Johnson recorreu pedindo a anulação deste ato e os
dirigentes voltaram a ser demitidos.
A atitude da
maioria da direção (CST-Unidos), de colocar os cinco dirigentes na lista dos 14
para tratar de reverter suas demissões provocou muita indignação. Colocar os cinco
demitidos na lista dos 14 com estabilidade significava retirar dessa lista
outros cinco companheiros que, ao perderem a estabilidade, poderiam ser
demitidos a qualquer momento.
Em uma situação
como essa não se poderia descartar a hipótese de que os trabalhadores, para
preservar os seus principais dirigentes, decidissem sacrificar outros colegas.
Mas uma resolução tão delicada como essa só poderia ser tomada em uma
assembleia ou, no mínimo, em uma reunião de toda a direção do sindicato. Mas,
nem uma coisa nem outra foram feitas. A resolução de colocar os cinco nomes dos
demitidos na lista dos 14 foi tomada pela CST-Unidos na Executiva do Sindicato,
da qual não participavam os cinco nomes que, a partir daquele momento, poderiam
ser demitidos.
Dois companheiros
da Chapa 2, entraram com uma ação na Justiça questionando o pedido de mudança
dos cinco dirigentes, alegando justamente o caráter antidemocrático dessa
decisão.
Consideramos
que essa atitude foi um erro dos companheiros, ainda que motivada pelas
atitudes burocráticas da CST-Unidos e pelo erro dos advogados no processo.
Esse erro
dos dois companheiros vem sendo utilizado pela CST/Unidos para lançar sua
campanha internacional de denúncias, atacando a CSP-Conlutas e outras
organizações, como coniventes e aliadas da patronal.
No entanto,
a CSP-Conlutas do Vale, ao se inteirar da ação apresentada à Justiça por esses
dois companheiros, tratou de demonstrar que era um equívoco e que tínhamos que
lutar pela estabilidade de todos os dirigentes. Por isso, propuseram que a
ação fosse retirada.
A Chapa 2
concordou com essa proposta e os dois companheiros retiraram essa ação antes
que ela fosse analisada pela Justiça. Portanto, acusação que a Central está
agindo em acordo com a patronal da Johnson & Johnson é uma grande calúnia.
A rigor,
quem “vendeu” uma parte dos diretores do Sindicato para a patronal foi a
CST-Unidos, mas sequer isso foi utilizado pela CSP-Conlutas e pela Chapa 2.
Quando
substituiu os nomes sem consulta aos trabalhadores, a CST-Unidos cometeu um
erro muito grande, mas isso não foi o mote da Chapa 2, pois poderia ser uma
tática ou manobra jurídica para ganhar tempo no processo e reverter o erro
grosseiro cometido pela assessoria jurídica, desde que essa manobra fosse
discutida com os trabalhadores, coisa que não foi feita.
Estamos
então diante da utilização da calúnia como arma política, prática usada
pelas correntes burocráticas e estalinistas no interior do movimento operário.
Relatados e
apurados os fatos, a Coordenação nacional da CSP Conlutas repudia veementemente
as acusações e a campanha política feita pela CST/Unidos.
Não há como
ignorar a atitude desta corrente e deixar correr a situação, aceitando que esse
vale-tudo seja parte do cotidiano e das relações entre organizações e
movimentos dos trabalhadores.
No mesmo
sentido repudiamos as acusações levianas contra o companheiro Joaquim,
trabalhador da alimentação de São José dos Campos e membro da Secretaria
Executiva Estadual da CSP Conlutas em São Paulo. Quem incorreu numa falta que
atenta a moral dos trabalhadores foi a maioria da direção do Sindicato, que
abandonou Joaquim à própria sorte quando ele foi atacado pela empresa e
demitido por justa causa.
A
Coordenação Nacional da CSP Conlutas resolve encaminhar a todas as organizações
do movimento operário, nacionais e estrangeiras, o dossiê constituído ao longo
das últimas semanas, que comprova fartamente o quanto são mentirosas e levianas
as acusações da CST-Unidos e alerta que essa corrente político-sindical avança
perigosamente num caminho de deterioração moral, ao misturar à legítima luta
política por suas posições e opiniões, métodos estranhos ao movimento operário,
como a denunciação caluniosa, sem quaisquer provas, a mentira como arma
política e o ataque à integridade moral dos ativistas de outras posições
políticas, que não as defendidas pela CST/Unidos.
Resolução sobre a
campanha nacional de sindicalização
Considerando:
Que a CSP
Conlutas defende a independência e autonomia sindical, o que implica que a
sustentação financeira dos sindicatos e organizações, devem ser feitas
prioritariamente pela mensalidade dos seus associados;
Que existe
no Brasil uma taxa de sindicalização muito baixa, inclusive em muitas de
nossas entidades filiadas;
Que nesta
nova onda de greves e lutas tem surgido toda uma nova geração de lutadores que
um grande espaço recém se incorporam a luta sindical e muitas vezes não são
afiliados aos sindicatos, existindo um espaço para o crescimento da
sindicalização;
Que, além
disto, o crescimento do número de sócios dos sindicatos filiados a
CSP-Conlutas é muito importante para o crescimento da representatividade da
nossa central;
A reunião
da Coordenação nacional da CSP-Conlutas resolve:
1.
Encaminhar uma Campanha Nacional de Sindicalização aos sindicatos filiados a
CSP-Conlutas com cartazes , boletins ,vídeos, utilização do site.
2. Que
todos os sindicatos da CSP-Conlutas tenham a preocupação em aumentar o número
de filiados no próximo período, e que esta pratica se torne permanente.
3. Que
todos os sindicatos busquem atualizar o numero de sindicalizados no cadastro da
central e no MTE.
4. Que se
delegue a SEN a centralização e organização desta campanha (marca, metas,
prazos).
Resolução
sobre a construção de um fundo de apoio as lutas dos operários da construção:
Considerando
e reafirmando todas as nossas iniciativas realizadas em apoio às greves dos
operários das obras do PAC, a coordenação nacional resolve:
1- Desenvolver
uma campanha nacional, junto a nossas entidades filiadas, visando fazer avançar
as condições materiais de nossa central com o objetivo de seguir
desenvolvendo ações políticas em apoio aos operários a indústria da
construção;
2- Essa
movimentação e arrecadação, entre as outras lutas e iniciativas, tem como
objetivo a estruturação de um escritório da CSP-Conlutas na cidade de
Altamira-PA, onde está localizada a construção da hidrelétrica de Belo Monte.
3- Esse
projeto, nos seus aspectos políticos e estruturais, será encaminhado pela SEN e
acompanhado por esta coordenação.
4- Essa
coordenação orienta todas as entidades a debaterem sobre as possibilidades de
sua contribuição.
Resolução
apresentada pela ANEL
Considerando:
Estamos há
mais de dois meses em uma forte greve da educação, a maior dos últimos dez
anos, envolvendo servidores, professores e estudantes;
1. Que o movimento estudantil, a partir desta
greve, está em um forte processo de lutas nas universidades federais, que se
choca contra a política educacional do governo Dilma, se opondo ao REUNI, ao
PNE e aos cortes de verba para a educação;
2. Que a ANEL é parte importante desta
mobilização do movimento estudantil, compondo o comando nacional de greve e
fazendo parte de diversos DCE`s das universidades federais em luta;
3. Que como expressão desta conjuntura a VI
Assembléia Nacional da ANEL, que ocorreu nos dias 16 e 17 de junho no Rio de
Janeiro, foi a maior já realizada por esta entidade, reunindo 500 estudantes de
15 estados que representavam mais de 55 mil estudantes na base e aglutinou
parte importante das direções estaduais das greves estudantis;
4. Que para atingir este patamar de organização
e mobilização a entidade teve que fazer um grande esforço financeiro nas suas
executivas estaduais e nacional, para garantir os ônibus, materiais,
infra-estrutura, alimentação, etc.
5. Que apesar do retorno de grande parte dos
gastos através de campanhas financeiras, taxas de inscrição na assembleia e
rifas nacionais, ainda acumulamos uma dívida de 18 mil reais referente à 03
(três) ônibus da delegação do Estado de São Paulo, que vencerá entre os dias 15
e 20 de julho;
Resolvemos:
1. Orientar todos os sindicatos filiados à
Central a contribuir financeiramente com a ANEL para auxiliar no pagamento da
dívida de 18 mil reais acumulada a partir da VI Assembléia Nacional
Informes
das reuniões setoriais
Seguem
abaixo as principais resoluções dos relatórios das reuniões setoriais
apresentados à Coordenação. Os relatórios, na íntegra, estarão disponíveis na
página da Central na internet.
Setorial
LGBT
Encaminhamentos:
1) Seguir a
política de combate a homofobia na base dos sindicatos;
2) Participar dos
Fóruns e Manifestações LGBT´s apresentando nossos sindicatos e o setorial LGBT
da CSP – Conlutas;
3) Construir
atividades de formação política para fortalecer a luta de combate a homofobia
dentro e fora dos sindicatos;
4) Aprovar
uma moção de repúdio às recentes decisões do Vatican;
5) Que na
próxima reunião nacional da CSP, se garanta uma reunião nacional do setorial um
dia antes para aprofundar o debate conjuntural da situação da homofobia em
nosso país e que se discuta a construção de uma cartilha de combate a homofobia
para ser trabalhada nos sindicatos que compõe a Central;
6) Indicar o
apoio político e financeiro ao 8º Encontro Sudeste das TT´S que ocorrerá
em Santos, em 2013;
7) Que a CSP indique para os candidatos
socialistas e de esquerda, que estiverem no pleito eleitoral, que incluam em
sua plataforma de campanha a bandeira de combate a homofobia;
8) Que
setorial LGBT vê com preocupação não ter uma representação LGBT na composição
da SEN da CSP – Conlutas
Setorial de
Mulheres
1) Avaliação
do 1º Encontro de Mulheres
Há uma
avaliação positiva mais geral do Encontro, principalmente pela importância,
necessidade e dificuldade de organizar mulheres trabalhadoras, em função do
machismo, da dupla jornada de trabalho, etc. Portanto a reunião de mais de 500
mulheres simboliza uma força importante de nossa Central e uma necessidade de
cada vez mais a CSP Conlutas avançar neste terreno.
Foi
reconhecida a importância da participação de mulheres operárias, a presença
internacional e o debate vivo acerca do trabalho de base com os vídeos do
Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e do Sindicato da Construção
Civil de Belém.
Foi localizada a
necessidade de aprofundarmos o debate, o que significa ver as possibilidades de
os Encontros terem mais tempo para permitir a ampliação do debate. Também foi
localizada a importância de inter-relacionar a situação de exploração da
trabalhadora com sua condição de oprimida, em muitos não só pelo machismo, mas
também pelo racismo e pela homofobia.
O encaminhamento
de uma Carta com avaliações e proposta de campanhas e medidas organizativas
deve ser agora a base da organização das mulheres no interior da CSP Conlutas.
2) Secretarias
de Mulheres nos Sindicatos
Uma das
principais definições da Carta aprovada no Encontro de Mulheres foi a
necessidade de os Sindicatos filiados à CSP Conlutas formalizarem a organização
das mulheres através da criação de Secretarias de Mulheres – ou de GT’s,
diretorias, etc. Se não for possível a conformação de Secretarias de Mulheres,
pode ser de opressões. O importante é refletir a organização do tema nas
diretorias. E mais importante do que isso, é necessário que o conjunto das
direções sindicais incorpore a responsabilidade com essa luta.
3) Continuidade da Campanha Nacional por
creches
Foi
encaminhada a importância de a Campanha seguir se desenvolvendo nas bases das
categorias e nos municípios aonde essa luta é também impulsionada pelas
profissionais da Educação Infantil. E é também importante que a luta por
creches seja compreendida como uma luta e bandeira da classe trabalhadora de
conjunto, e não apenas das mulheres, porque a creche é um direito de todas as
crianças, e os filhos e filhas de toda a classe trabalhadora não tem acesso a esse
direito em nosso país.
4) Atividade do dia 25 de Julho – Dia Latino
Americano e Caribenho da Mulher Negra
Encaminhou-se
a confecção de uma Nota conjunto com o Movimento Nacional Quilombo Raça e
Classe, Movimento Mulheres em Luta e Setoriais de Mulheres e Negros/as da CSP
Conlutas. A ideia é que essa nota reflita o debate de que a mulher negra
trabalhadora combina a exploração com uma dupla opressão, causada pelo racismo
e pelo machismo. Além disso, a nota deve refletir o problema da diferença
salarial, da exploração sexual e da luta das mulheres haitianas.
Incentivar
a realização de atividades no dia 25, assim como debates nos sindicatos,
escolas e universidades.
Setorial do Serviço
Público Federal
Sobre a greve dos
servidores federais
·
Fortalecer as
ações em Brasília na semana de 16 à 20 de julho, combinando o movimento de
greve dos servidores federais com a greve dos estudantes;
·
Orientar a
participação da representação das entidades e movimentos filiados à nossa
Central na Marcha Nacional do dia 18 de julho;
·
Propor a
realização de uma reunião de todas as entidades sindicais, populares e
estudantis presentes em Brasília no dia 18 de julho com objetivo de organizar
um dia nacional de luta em 02 de agosto, que combine os eixos da campanha
salarial dos servidores, as reivindicações da juventude estudantil e a luta
contra as propostas do governo que retiram direitos, como as mudanças na
previdência – aplicação da fórmula 85/95 e idade mínima de 60 anos (mulheres) e
65 anos (homens) para aposentadoria;
·
Reforçar a
participação nos Comandos Nacionais de Greves e realizar reuniões periódicas
dos militantes da CSP-CONLUTAS, em Brasília;
·
Tomar iniciativas
no sentido de constituir os Comandos Unificados de Greve em todos os estados
onde nossa Central tenha intervenção em funcionalismo federal;
·
A CSP-CONLUTAS
deve dispor de todos os meios possíveis para exigir do governo Dilma que abra
negociação com todos os setores do funcionalismo federal e atenda suas
reivindicações;
·
Manter as ações
nos estados e seguir as campanhas de mobilização tipo “Caça à Dilma” e
incorporar o “Caça ao Haddad” em São Paulo;
·
Apoiar as
manifestações dos servidores no Maranhão por ocasião da realização da reunião
da SBPC – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência;
·
Denunciar
desmonte do serviço público, expresso em medidas como o Reuni, na área de
educação e corte de verbas em projetos sociais;
·
Denunciar a
privatização do governo Dilma, que no serviço público, que tem na criação da
EBSERH e o FUNPRESP, duas de suas maiores expressões;
·
Incorporar a
denúncia sobre a corrupção (Mensalão, Cachoeira e outras);
·
Intensificar a
atuação da CSP-CONLUTAS e suas entidades filiadas no Fórum Nacional das
Entidades dos Servidores Federais, combinando com a revitalização dos fóruns e
reuniões da CNESF – Coordenação Nacional dos Servidores Federais;
Sobre o tema de serviço
público para a próxima reunião da CSP-CONLUTAS:
·
Criar uma
comissão com objetivo de fazer o estudo sobre o tema e preparar a apresentação
na reunião composta dessa forma: Paulo Barela (Secretaria Executiva Nacional),
Filipe (SINDSEF-SP), Júlio (SINSPREV-RJ), Gelta (UFF), ANDES-SN e SINASEFE.
Sobre tática de
organização na base da CONDSEF:
·
Foi apresentado
um informe sobre a ruptura com a CONDSEF e a construção de uma Federação de
sindicatos, como uma alternativa de organização para a categoria. Por outro
lado, foi apresenta outra posição defendendo a disputa da direção da CONDSEF,
aprofundado o processo de organização de uma Oposição Nacional, por dentro dos
organismos dessa confederação. O tema será abordado na próxima reunião do
setorial.
Setorial
de Negros e Negras
1. Realização de Setorial nos estados e a
reprodução do 1ª Seminário Nacional nos estados que estamos organizados,
aproveitando o momento para instalar o Setorial de Negros e Negras.
2. Realização de encontros locais de negros/as
nas universidades públicas, sindicatos e movimento popular avançando na
consolidação ou criação de coletivos do Quilombo Raça e Classe.
3. Atuação nos sindicatos da CSP-CONLUTAS ligados
à educação com atividades culturais e de conscientização dos pais.
4. Discutir na direção da entidade (Sinasefe) a
disponibilização de uma verba para o Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe.
5. Que as entidades filiadas à CSP-Conlutas e o
Quilombo Raça e Classe participem e organizem nos estados a Marcha da
Periferia, a partir de outubro.
6. Confecção da cartilha do Quilombo Raça e
Classe: Conteúdo: O que é o racismo; Mito da democracia racial; Lei 10639 (que
referenda o ensino da história e da cultura da África nas escolas) e cotas para
a população negra na universidade e no mundo do trabalho.
7. Sugerir à CSP-Conlutas que contemple as
cotas nas direções seguindo o exemplo do Sindicato dos Comerciários de Nova
Iguaçu.
8. Que o MNQRC fortaleça o encontro de negros/as
e mulheres do Sinasefe.
9. Confecção de um boletim eletrônico da CSP
Conlutas sobre a questão racial e o balanço do I Seminário Nacional de
Negros/as.
10. Propostas e Calendário de 2012 – 21 março/13
maio/25 Julho e 20 de Novembro (Marcha da Periferia nos estados)
11. Setorial um dia antes da Coordenação ou no
primeiro dia.
12. Integração da data de 25 de Julho (Mulher
Negra, Latino Americana e Caribenha) ao calendário de lutas da Central, com
atividades a serem construídas nos estados e nas entidades com o apoio do MNQRC
e do MML, que estão propondo organizar atos em frente a uma delegacia de
mulheres e a confecção de um jornal conjunto.
13. Curso Globalização e Racismo para a base do
Sindeess/BH, a ser realizado no segundo semestre a ser definida na diretoria do
Sindicato e construção do I Seminário de Negros/as do Sindeess com o MNQRC.
14. Solicitar contribuição para a confecção de
material de propaganda do MNQRC para as atividades de luta.
15. Que o MNQRC fortaleça as atividades das
greves: carta de solidariedade, moções, atividades culturais, entre outros e
que a Central faça uma nota denunciando o acordo de aumento meritocrático
anunciado pelo governo na mídia recentemente.
16. Que o MNQRC contribua com a formação do
Setorial elaborando teoricamente em relação à diáspora africana.
17. Que o setorial de negros/as faça uma
discussão programática com o setorial de educação e Anel sobre a implementação
da lei 10639.
18. Indicar o debate sobre a participação dos
militantes negros/as no Congresso Internacional das Centrais na Europa que
acontecerá indicativamente no primeiro semestre de 2013.
Setorial Saúde do
Trabalhador
Encaminhamentos:
Formar uma
comissão para estudar as mudanças e debater na Executiva Nacional e estaduais;
1. Que os sindicatos encaminhem para o
Ministério da Previdência e para o INSS das cidades que atuam pedido de
esclarecimento sobre as propostas de mudanças no afastamentos e a política de
isenção da folha e o impacto na arrecadação para Previdência Social;
2. Indicação para que seja incluído nos cursos
da CIPA realizados pelos Sindicatos informações sobre a Previdência e como
fazer o mapa de riscos já que a elaboração dos mapas de risco possibilita dados
concretos dos setores de trabalho;
3. A comissão encaminhe texto explicativo sobre
as mudanças na Previdência;
4. Construir atos na GRT – Gerencia Regional do
Trabalho (antiga DRT) e no INSS contra as Reformas e apoio aos servidores;
5. Construir junto as Centrais e Sindicatos que
não compõem a nossa central unidade para lutar contra estas reformas
6. Construir uma moção de repúdio a ser enviada
a ANS contra a resolução apresentada no ultimo dia 1° de junho.
7. Resgatar as resoluções sobre Saúde do
Trabalhador votada no 1° Congresso e publicar no site da central;
8. Que todas as regionais que compõem a central
encaminhassem ao Setorial os calendários e as deliberações sobre saúde do
trabalhador.
Setorial
de Servidores Públicos Municipais
Encaminhamentos:
Foi constatada
por todos a necessidade da reorganização do setor. Além da troca de e-mails de
todos os participantes da reunião, decidiu-se por se incrementar a comunicação
interna dos membros do setor, através de lista de e-mails e outras ferramentas
para ajudar na troca de experiências e na articulação do setor. Companheiros/as
do NE estão elaborando a construção de um encontro Nordeste dos Municipais,
para atuarmos de forma mais consistente e organizada no setor. Além disso,
ficou de na próxima reunião da Coordenação Nacional debater melhor nossa
organização interna.
Setorial De
Educação
Encaminhamentos:
1. Confecção de boletins do setorial para
centralizar nossa política sobre:
2. Manutenção da campanha nacional pela
aplicação de 10%
do PIB para Educação Pública Já!;
3. Política da CSP-Conlutas PNE;
1. Disponibilizar no link do setorial de
educação do site da CSP-Conlutas os boletins e textos sobre política
educacional discutida no setorial.
1. Sobre o ATO dia 05/09 – CNTE em BSB
2. Participam regiões onde houver caravana –
marcar ponto de encontro para organizarmos coluna da CSP;
3. Distribuição do boletim do setorial na base
das categorias denunciando a política da CNTE e demais entidades governistas
pelo apoio à política educacional do Governo Federal;
1. Preparar e convocar o próximo setorial para
garantir uma boa participação dos setores da Educação Básica da CSP-Conlutas:
2. Reorganizar o setorial de Educação Básica;
3. Preparar nossa participação na Conferência
Educacional da CNTE em out/2012.
Reunião dos
trabalhadores de transporte
Encaminhamentos:
1- Montar um
setorial do transporte da CSP-Conlutas inicialmente com os companheiros(as)
Altino(SP), Chagas(RS), Nayara(DF), Elias(RJ) e Cláudia(PE).
2- Organizar a
campanha dos 2% do PIB para o transporte público, estatal e de qualidade com
ênfase no setor metro-ferroviário.
3- Iniciar um
estudo do setor para ajudarmos na elaboração da central sobre o setor. e tb
para ajudarmos na intervenção sindical do setor. Por exemplo, vermos a dimensão
com mais detalhes das greves do setor no ano de 2012.
4- Campanha
contra a criminalização e pelo direito de greve que está sendo atacado nos
diversos estados.
5- Troca de
experiências como a Carta aberta para a população dos metroviários de SP para
que possa servir de referência pros outros estados e ajudar no fortalecimento
da luta.
Moções
Moção de apoio à luta
pelos empregos na GM de São José dos Campos
Nós,
abaixo-assinados, cientes da iminente demissão em massa de 1.500 trabalhadores
na GM de São José dos Campos, com o fechamento do setor conhecido como MVA, nos
solidarizamos à luta dos metalúrgicos e seu Sindicato em defesa dos empregos.
Exigimos da
empresa o fim das demissões e a manutenção dos postos de trabalho. Exigimos
também do governo federal que também cobre da empresa sua responsabilidade
social, impedindo-a que demita os trabalhadores, sob pena de retirar todos os
incentivos fiscais que a empresa recebe hoje.
Nos somamos
à luta do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região e dos
trabalhadores da GM em defesa dos empregos. Não às demissões, pela manutenção
dos postos de trabalho e investimentos já.
Moção de solidariedade
aos trabalhadores da General Motors da Colômbia
Os
operários da General Motors na Colômbia estão expostos a precárias condições de
trabalho. Seguindo o modelo de exploração adotado em todo o mundo, a montadora
também impõe no país o ritmo acelerado de produção e ambientes de trabalho
inadequados.
As conseqüências
desse quadro são trabalhadores que se tornam vítimas de doenças e acidentes
ocupacionais. É o mesmo quadro que também assistimos nas fábricas do Brasil.
Sabemos da luta
dos trabalhadores organizados na ASOTRECOL, demitidos arbitrariamente pela
direção da General Motors da Colômbia. Demissão arbitrária por se tratar de
dispensas de operários portadores de lesões adquiridas na fábrica.
Essas demissões
ferem os princípios básicos do respeito à dignidade humana e às diretrizes da
OIT (Organização Internacional do Trabalho), com relação às condições de saúde
dos trabalhadores.
Nos somamos à
campanha internacional em defesa dos demitidos pela GM na Colômbia e exigemos a
imediata reintegração dos operários.
Exigimos também
que o governo colombiano aplique medidas punitivas à GM e assuma a defesa dos
operários colombianos.
Moção de solidariedade
ao Quilombo do Rio dos Macacos em Simões Filho – Bahia, como símbolo da
resistência Quilombola e Contra a ADI 3239 do DEM E PEC 215 E EXIGINDO A
RETIRADA DAS TROPAS BRASILEIRAS E DA ONU DO HAITÍ
Os(as)Sindicalistas
e ativistas sociais presentes no Coordenação Nacional da CSP-Conlutas
solidarizam-se com a retirada das tropas brasileiras do Haiti imediatamente e
afirmam que o mesmo se aplica ao povo negro do Brasil, em especial aos
Quilombolas e a juventude negra.
Exigimos do
Governo Brasileiro , a retirada das tropas do Haiti e que o governo pare com a
matança a serviço do agronegócio, empreiteiras, etc.
Em primeiro
lugar, exigimos que se interrompam imediatamente as hostilidades contra a
comunidade quilombola do Rio dos Macacos, feitas pela Marinha brasileira e
governo brasileiro e que agora se agrava com a iminência do despejo proposto
para 1º de agosto próximo,sejam garantidos seus direitos como previsto nos
artigos 68 dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) da
constituição federal de 1988 bem como nos artigos215 e 216 da mesma e da
Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e que o INCRA/ BA
conclua imediatamente o Relatório Técnico de Identificação.
Exigimos que seja
garantida a sua reprodução física, cultural, social e econômica com
reconstrução das casas, das casas de farinha, hortas, pomares, etc. Exigimos a
reconstrução dos terreiros de religião destruídos pela Marinha Brasileira, com
medidas emergenciais com conteúdo reparatório pelos crimes de lesa humanidade
cometidos contra a comunidade quilombola e a garantia de permanência dos
quilombolas no Rio dos Macacos, em seu território ancestral.
Por último,
exigimos que o Governo Dilma aplique o Decreto 4887/2003, marco legal
fundamental para a regularização e titulação dos territórios quilombolas,
ameaçados tanto pelo não cumprimento pelo governo federal, como pela ADI 3239
do DEM que, se acatada pelo STF, acaba por arrasar as comunidades quilombolas.
Exigimos que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue improcedente a ADI do DEM
como forma de se avançar, efetivamente, na titulação dos territórios quilombolas.
·
Fora a Marinha do
Quilombo do Rio dos Macacos!
·
Fora as tropas do
Haiti!
·
Reparação ao povo
negro e quilombolas e ao povo haitiano!
·
Titulação dos
territórios quilombolas!
Moção de repudio e
exigência pela liberdade de dirigente sindical preso
Sindicalista preso
ilegalmente em ato de Campanha Salarial
No dia 04
de julho o dirigente sindical dos condutores de Sorocaba SP Fabricio Rodrigues
participava de uma manifestação da campanha salarial dos condutores de SJC e
Região
O governo e os
patrões adotaram a postura de imputar crime a luta dos trabalhadores.
Fabricio esta
preso na cadeia publica do Putin em SJC, a prisão foi uma arapuca montada pelas
empresas de ônibus com a conivência da prefeitura de São José dos Campos. O
sindicalista foi acusado sem provas de roubar um celular de um fiscal das
empresas de ônibus. Detalhe: Fabrício não foi reconhecido pela suposta vítima e
testemunhas do suposto roubo. Essa prisão é ilegal, partiu de denúncia
infundada e resulta da política de criminalizar a luta dos trabalhadores, neste
caso, para enfraquecer a Campanha Salarial dos motoristas e cobradores.
Vale ressaltar
que as empresas de ônibus são patrocinadoras dos políticos em cargos eletivos
em São José dos Campos. Logo, existe uma conivência entre a criminalização das
lutas sindicais na cidade entre o poder público e os patrões, o que é um crime!
A detenção do sindicalista é inconstitucional! A polícia, que tentava coibir as
mobilizações do Sindicato dos Condutores, deteve o sindicalista aleatoriamente.
A Prefeitura de
São José já vem com uma série de ataques contra a categoria dos trabalhadores
do transporte público. A Secretaria de Transportes e as empresas de ônibus
colocaram cinco linhas para operar sem cobrador desde 1º de junho. A prefeitura
quer obrigar o motorista a dirigir, cobrar, conferir o troco, dar assistência
ao cadeirante, prestar informação ao usuário e enfrentar o trânsito sozinho.
Isso sem falar no risco de demissões dos cobradores.
Por isso,
essa prisão arbitrária é parte dos ataques para impor perdas salariais a esta
categoria. A detenção do Fabrício fere o pleno direito de organização sindical
e é parte da política de criminalizar a luta dos trabalhadores que está se
tornando prática em nosso país e na região, como: na agressão violenta da Tropa
de Choque nas greves na Johnson e na ameaça de demissões em massa na GM.
Nós delegados da
plenária nacional da CSP CONLUTAS realizada de 12 a 15 de julho no RJ
exigimos a liberdade imediata deste dirigente, lutas não é crime, liberdade para
Fabrício Rodrigues já.
Moção de repúdio à
tentativa de agressão física por parte dos dirigentes do SINTRAFITE de Blumenau
Viemos por meio
desta moção, tornar público nosso repúdio contra a tentativa de agressão física
sofrida por militantes da Oposição
Linha Operária que
estavam em frente à fábrica Coteminas distribuindo panfletos sobre a Campanha
Salarial dos Têxteis de Blumenau, Gaspar e Indaial.
A liberdade de
expressão é um direito assegurado pela Constituição Federal e sua violação é um
ataque à sociedade. É vergonhosa a atuação dos dirigentes sindicais que
impediram a distribuição de um simples boletim informativo, além da tentativa
de agressão. Querem calar quem ousa discordar da direção do SINTRAFITE.
Entendemos que não pode haver tolerância quanto a qualquer ação violenta contra
a classe trabalhadora!
Moção pela Liberdade de
expressão e manifestação aos palestinos
A Frente em
Defesa do Povo Palestino, que reúne dezenas de organizações da sociedade civil
brasileira, solidariza-se com as palestinas e os palestinos em
seus protestos pacíficos nos últimos dias e repudia veementemente a repressão
que sofreram. A polícia palestina e agentes de segurança da
ANP (Autoridade Nacional Palestina) dispersaram com violência
centenas de manifestantes que se reuniram em frente à Muqata, em Ramallah,
Cisjordânia, Palestina ocupada, no dia 30 de junho, para
protestar contra a visita do vice-premiê israelense Shaul Mofaz. Vários
ficaram feridos, alguns gravemente, e outros foram presos, sendo soltos a seguir.
Diante da arbitrariedade, novos protestos vêm se realizando.
Convidado a um
encontro com a ANP nos territórios ocupados, Shaul Mofaz é do partido Kadima,
que integra a coalizão de governo de Israel. O fato de ele ter
chegado a se manifestar a favor de “negociações” com os palestinos não
significa que não concorde com a política colonialista e de apartheid de
Israel, vigente desde sua criação unilateral, há 64 anos. Suas declarações e
trajetória mostram isso. Nascido no Irã em 1948 e tendo imigrado aos nove anos
para o então recém-criado estado sionista, atuou nas forças de
ocupação da Palestina – o exército israelense, IDF na sigla em inglês
Gaza, chegando a chefiá-lo. Entre seus feitos, a participação nos massacres de
Jenin, na Cisjordânia, em 2002, durante a segunda intifada, bem como em
ofensivas em Gaza e no Líbano. Em plena campanha de boicotes ao apartheid de
Israel, o convite da ANP a Mofaz – que, diante dos protestos, acabou
sendo postergado - foi considerado uma provocação.
A Frente em
Defesa do Povo Palestino soma-se às vozes que têm se levantado contra a atitude
arbitrária da ANP e pela liberdade de expressão e
manifestação de palestinas e palestinos, direito humano
fundamental. Exercer poder de polícia e tentar impedir protestos pacíficos como
os que ocorreram nos últimos dias favorece a potência ocupante e é obstáculo ao
direito legítimo de resistência dos palestinos e à sua unidade, dentro e fora
dos territórios.
Na expectativa de
que a Embaixada Palestina no Brasil se posicione sobre esses fatos lamentáveis,
expressamos nossa solidariedade às/aos manifestantes palestinas/os e
reivindicamos que a Embaixada faça chegar à direção da OLP (Organização para a
Libertação da Palestina) e da ANP (Autoridade Nacional Palestina) este posicionamento.
Moção de solidariedade
aos professores(as) de Santa Rita (PB)
Os professores
e professoras de Santa Rita, cidade situada na Grande João Pessoa, Paraíba,
estão em greve desde o dia 20 de março do corrente ano. A luta da categoria é a
mesma da imensa maioria desses profissionais espalhados pelo país, que
construíram ao longo de 2011 e também neste ano: pagamento do Piso Salarial
Nacional e a garantia do reajuste salarial deste ano, quando o MEC anunciou o
índice de 22,22%.
A prefeitura de
Santa Rita, Marcus Odilon (PSD), se nega desde o início do ano em garantir as
duas reivindicações da categoria, o que acabou contribuindo para a greve. A
prefeitura apoia-se na lei eleitoral deste ano para afirmar que não é possível
conceder o reajuste salarial, sob pena de ferir a lei. Porém, ela se dá o
direito de infringir outra lei, a do Piso Salarial Nacional, que determina o
reajuste da categoria todos os anos, no mês de janeiro.
Ao longo de quase
4 meses de greve, a resistência da categoria é enorme, com a prefeitura
apresentando propostas rebaixadas, que não satisfazem os trabalhadores e
trabalhadoras do setor. A última delas oferecia um reajuste de 10% para o
pessoal de nível superior, com licenciatura, sendo 5% agora em julho e 5% para
dezembro. A categoria rejeitou.
Está na justiça
uma ação colocada pelo sindicato da categoria sobre a questão do pagamento do
Piso Salarial Nacional, onde a juíza determinou que a prefeitura apresente suas
razões até o dia 30 de julho do corrente ano. Como a prefeitura se nega a
negociar com os trabalhadores e trabalhadoras em greve (qualquer semelhança com
o governo Dilma NÃO é mera coincidência), a categoria
aguarda em compasso de espera a decisão da justiça, que já determinou o
pagamento dos salários da categoria e também a legalidade da greve.
As entidades
reunidas na Coordenação Nacional da CSP Conlutas vêm prestarTOTAL SOLIDARIEDADE aos
professores e professoras de Santa Rita em luta e espera que a prefeitura saia
de sua inércia e resolva esta situação, onde alunos e alunas ficam prejudicados
por conta da IRRESPONSABILIDADE do governo municipal, que se nega a
encontrar uma saída para a atual situação, que atenda aos interesses da
categoria.
Moção de solidariedade
aos trabalhadores europeus da OPEL e PSA
Manifestamos
nossa solidariedade as ações contra o Fechamento das Fábricas da OPEL e
PSA na Europa. Os trabalhadores não podem pagar pela crise pelos patrões e
banqueiros que vivem da pilhagem e da exploração operária.
Aqui no Brasil,
os operários sofrem ameaças e chantagens da direção da General Motors, que
tenta impor rebaixamentos de direitos e salários. Recentemente, na fábrica de
São José dos Campos, a empresa anunciou o fechamento de um dos turnos de
produção de um setor da fábrica. Agora, há o eminente risco de se fechar todo o
setor de montagem, o que resultaria na eliminação imediata de 1.500 postos de
trabalho.
Os planos da
empresa se traduzem em uma brutal reestruturação produtiva para diminuir postos
de trabalho, aprofundar o ritmo de produção e rebaixar salários. O resultado é
o aumento da exploração sobre os trabalhadores ao redor do mundo.
Todos esses
ataques acontecem em um momento em que o governo brasileiro está presenteando
as montadoras no país com redução de impostos. A medida está colaborando para
aumentar ainda mais os lucros dos patrões e não ajuda em nada os trabalhadores.
Em todo o mundo,
a General Motors permanece com sua política de demitir e fechar fábricas em
busca de mão de obra mais barata. Nós, trabalhadores de todo o mundo, temos de
estar unidos para enfrentar os ataques da montadora.
Por isso, estamos
solidários à luta dos operários europeus contra os ataques da GM e de toda
empresa capitalista. E nos somamos à intenção de construir um polo
internacional com fim de impulsionar iniciativas conjuntas contra os ataques
das empresas metalúrgicas ao redor do mundo.
Moção de solidariedade
aos trabalhadores mineiros da Espanha
Os escribimos esta carta en primer lugar para daros las gracias por todos
los comunicados de apoyo que se están recibiendo. Cada nota, cada comunicado es
sin duda un estimulo para esta lucha que está siendo muy dura por la cerrazón
de un Gobierno que aplica los planes al dictado de la Troika y responde a cada
lucha con nuevos paquetes económicos que están dejando el país en la ruina.
Vivimos un proceso a la griega y el descontento y el rechazo social aumenta
a cada paso.
El problema, una vez más es el papel de la burocracia sindical de CCOO y
UGT empeñada en no unir las luchas y no dar una respuesta general a la
situación.
Todos vuestros saludos y muestras de apoyo están siendo enviados a los
mineros de Asturias, de las comarcas de Cangas de Narcea. Son el lugar donde
más se concentra no solo la lucha minera sino también todo un sector sindical
de oposición a la burocracia.
Estos mineros han abierto un número de cuenta para recaudar fondos, no solo
porque llevan más de 50 días de huelga sino porque hay ya alrededor de un
centenar de mineros, solo en esa zona, que han sido detenidos, han recibidos
palizas y están en libertad con cargos. Les piden multas que van de 6 a 12.000 euros y entre 1 y
dos años de cárcel.
Las cuentas de solidaridad están siendo controladas por las direcciones de
UGT y CCOO, por eso ellos abrieron una cuenta distinta con el compromiso de
absoluta transparencia y control de los mineros.
Lo que os queremos pedir es si es posible ayudar económicamente a esta
lucha y hacerlo con la garantía de que esa ayuda va a llegar directamente a la
base minera.
En estos momentos tan apasionantes como duros que estamos viviendo, os
reiteramos nuestra gratitud por vuestra solidaridad.
Próxima Reunião da
Coordenação Nacional – A data será definida pela Secretaria Executiva Nacional
Próxima Secretaria
Executiva Nacional – 26 de julho (quinta-feira) – São Paulo
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