terça-feira, 1 de outubro de 2013

Policia mantém cerco ao entorno da Câmara de Vereadores onde professores do Rio em greve seguem acampados

Na manhã desta terça-feira (1), o entorno da Câmara de Vereadores permanece cercado pela Policia Militar. Nesta segunda-feira (30/09), a categoria foi novamente agredida com bombas e gás de pimenta, durante protesto realizado pelos profissionais em Educação contra a aprovação do Plano de Cargos e Salários, previsto para ir a voto nesta terça-feira (1). 
Durante a ação da policia, ao menos oito pessoas foram detidas.    
O Sindicato Estadual dos Profissionais em Educação do Rio de Janeiro (Sepe) repudia o cerco que  impede o trânsito e também a passagem de pedestres nas ruas Evaristo da Veiga e parte da Senador Dantas.  “Mais uma vez, o governo do Estado, em parceria com a prefeitura colocam o seu aparato repressivo nas ruas para tentar impedir a mobilização dos profissionais de educação”, destacou em seu site a entidade.    Na semana passada, a categoria chegou a ocupar a Câmara de Vereadores.  No sábado à noite, policiais, novamente de maneira truculenta, retiraram os professores  do local e agiram com extrema violência contra manifestantes que apoiavam o professores do lado de fora. Houve prisões e pessoas ficaram feridas.   
Plano de Cargos e Salários é ruim – Os profissionais estão em vigília para impedir que o plano de carreira do prefeito Eduardo Paes seja votado no plenário da Câmara de Vereadores.   
De acordo com Sepe, “o plano de carreira proposto pela prefeitura não contempla a categoria, além de não ter sido discutido com os profissionais de educação, como o prefeito se comprometeu”.   A prefeitura enviou à Câmara dos Vereadores, em caráter de urgência, a proposta de plano que pode ser votada nesta terça-feira (1).    
Greve continua – A categoria está em greve há mais de 90 dias. Os profissionais da rede municipal realizaram assembleia nesta terça e votaram por unanimidade pela continuidade da greve da categoria. A próxima assembleia será realizada na próxima sexta-feira (4). Já os profissionais da rede estadual que também estão em greve farão assembleia nesta quarta-feira (2).  
CSP-Conlutas repudia truculência policial e apoia greve dos professores – Em sua coordenação nacional, realizada neste final de semana, a CSP-Conlutas aprovou uma moção de solidariedade à greve dos profissionais em Educação.   
Os professores tiveram espaço na reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas para denunciar a violenta repressão policial para desocupar a Câmara dos Vereadores na noite anterior.  
 A representante do SEPE-RJ Maristela Abreu contou as atitudes vergonhosas protagonizadas pela polícia carioca e pediu que a Central e todas as entidades filiadas endossassem as notas de solidariedade aos professores e o repúdio à ação policial cometida na noite anterior a mando do prefeito Eduardo Paes.   
Moção em Solidariedade à greve dos trabalhadores da Educação do Rio de Janeiro   No dia 08 de agosto de 2013 teve início a mais poderosa greve da educação pública no Rio de Janeiro. Neste dia os trabalhadores em assembleia deflagaram uma greve nas escolas estaduais e nas do Município do Rio de Janeiro.
 São mais de 70 mil trabalhadores que aderem a este movimento colocando em cheque a política neoliberal e meritocrática do Governo Sérgio Cabral e do Prefeito Eduardo Paes. Suas reivindicações de melhores condições de trabalho e salário empalmam com a exigência de uma educação pública de qualidade de milhões que ocuparam às ruas nos meses de junho e julho.  

 Tanto Cabral como Paes preferem gastar milhões com a preparação dos mega eventos (Copa e Olimpíada), alimentar a industria da corrupção e desmontar a educação em pública carioca e no Estado do Rio de Janeiro do que oferece um ensino de qualidade aos filhos e filhas dos trabalhadores. 
Além disso, estes governantes atacam os direitos dos trabalhadores da educação pública com um brutal arrocho salarial e a responsabilização da categoria pelo fracasso escolar. Se negam a atender as mínimas reivindicações com sua política meritocrática, impondo uma série bônus e gratificações que dividem  e colocam em competição entre si tanto os professores como os funcionários.   
Os trabalhadores das escolas municipais tentaram uma saída negociada contra estas políticas por 19 anos. Diante da dura realidade de completa intransigência por parte da prefeitura não tiveram outro caminho ser não recorrer a greve. Nestes cinquenta dias de greve já há duas vitórias políticas da luta: a certeza de que a mobilização pode arrancar uma educação de qualidade, manter e ampliar os direitos e a derrota política do governo diante dos demais trabalhadores e do povo. 
A força das greves desmascarou o populismo dos governantes que se elegem defendendo a educação como uma de suas principais prioridade. Também deixa claro a serviço de quem está a grande imprensa que, mesmo diante do fechamento de várias escolas e o sucateamento da educação, ataca a greve para proteger os poderosos. 
  Nós, representantes das entidades da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas, estamos solidários com a luta destes trabalhadores. Nos colocamos ombro a ombro com a greve dos professores e funcionários incondicionalmente. A luta da educação no Rio é a mesma travada pelos educadores em todos os municípios e estados do país. Suas reivindicações também são denuncias do profundo processo de privatização do ensino público federal, estadual e municipal. Exigimos do Governo Sérgio Cabral e da Prefeitura de Eduardo Paes o imediato atendimento de todas as justas reivindicações dos profissionais de educação em luta.  
Conclamamos que as demais entidades e movimentos se somem a esta exigência em nome da construção de uma escola pública, gratuita e de qualidade que atenda aos interesses do conjunto da classe trabalhadora. 
A nossa unidade e solidariedade com a greve dos educadores do Rio de Janeiro pode pavimentar a necessária vitória destes lutadores e avançar na vitória de toda a classe. 

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fonte http://cspconlutas.org.br/2013/10/policia-mantem-cerco-ao-entorno-da-camara-de-vereadores-onde-professores-do-rio-em-greve-seguem-acampados/



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